Saúde confirma mais duas mortes por dengue em Maringá

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) confirmou na quinta-feira (10), no boletim da dengue, mais duas mortes em decorrência da doença em Maringá. Os óbitos aconteceram nos meses de fevereiro e março. Um deles é de uma pessoa que tinha síndrome de down e cardiopatia, o que pode ter agravado o quadro clínico. Outros detalhes sobre os casos só devem ser divulgados quando a íntegra do relatório for disponibilizada pela Sesa, o que deve ocorrer ainda nesta sexta-feira (11).

Relatório foi apresentado em Curitiba na quinta-feira
Das 17 estações meteorológicas avaliadas pelo Laboratório de Climatologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em junho, apenas a de Maringá demonstra condições climáticas de médio risco para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Todas as outras não apresentam risco, muito diferente do que ocorria no verão.

Desde agosto do ano passado, 16.886 casos de dengue foram confirmados no Paraná, sobretudo nas regiões norte, noroeste e oeste. Neste período, 48 municípios atingiram patamares epidêmicos, o que significa que registraram índices superiores a 300 casos por 100 mil habitantes.
No entanto, com a queda das temperaturas, o número de casos de dengue vêm caindo significativamente em todo o Estado. De acordo com os dados da Secretaria Estadual da Saúde, o pico da doença neste ano foi registrado na segunda semana de abril, quando ocorreram 1.244 novas confirmações. Atualmente, este número chega a média de 100 casos novos por semana.
O superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, afirma que a situação é favorável para intensificar o combate ao mosquito através da eliminação mecânica dos criadouros. "Apesar dessa redução, o cuidado com a doença deve continuar. Os ovos do mosquito têm a capacidade de sobreviver até 450 dias aguardando um dia propício para eclodir e se desenvolver", destaca.
O relatório informa ainda a ocorrência do segundo caso autóctone de dengue em Curitiba. A pessoa é moradora do bairro Xaxim e não tem histórico de viagem a cidades endêmicas. "Isso reforça a necessidade das pessoas se conscientizarem de que a dengue é um problema de todos", ressaltou a coordenadora do programa estadual de controle da Dengue, Themis Buchmann.
Ontem também aconteceu em Curitiba o encontro mensal do Comitê Intersetorial de Controle da Dengue, que reúne representantes de diversas instituições para o enfrentamento da doença no Estado. Uma das pautas foi o risco da introdução da febre chikungunya, doença que preocupa as autoridades sanitárias de todo o Brasil.
A febre chikungunya tem forma de transmissão e sintomas semelhantes ao da dengue. A diferença fica por conta da intensidade dos sintomas e forma de tratamento. Por isso, a secretaria da Saúde está redigindo uma nota técnica e realizará uma série de eventos regionais para orientar os médicos sobre a conduta em relação à doença.
Ao todo, o Brasil já contabiliza 20 casos importados da doença, incluindo dois no Paraná – mais especificamente em Maringá. Em todos, os pacientes foram infectados no exterior. "Estamos monitorando a situação e por enquanto não há a circulação deste vírus no Paraná. Contudo, é importante que todos façam a sua parte no trabalho de prevenção, que é o mesmo da dengue", alertou o superintendente da Secretaria da Saúde.

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